terça-feira, 30 de setembro de 2008

ESCOLHA DO NOME DA SALA DE LETURA CUFA/ CIDADE DE DEUS

O núcleo da CUFA na Cidade de Deus possui uma sala de leitura com aproximadamente 400 livros e 300 leitores cadastrados entre 06 e 60 anos, onde são realizadas pesquisas escolares, contação de histórias e atividades pedagógicas que abordam temas diversos relacionando-os com o Projeto Político Pedagógico/2008 do Núcleo, além de empréstimos de livros.

Esse espaço é de democratização do acesso ao livro na favela onde “os verdadeiros donos da biografia são a grande maioria que daria um Livro por dia sobre arte, honestidade e sacrifício”*, mas não são os que estampam as manchetes dos jornais.

Mas nossa Sala de leitura ainda não tem nome! E pensamos em “batizá-la” com nomes de personalidades negras representativas para nós, povo da periferia, que nos remeta a força presente na luta daqueles que lutaram e lutam para se firmar como sujeitos de SUA/NOSSA história!!!

Durante esta semana apresentaremos 05 nomes com breves biografias....mas queremos o debate e aceitamos sugestões!!!!

*Hey Joe-Jimmy Hendrix-versão O Rappa

Personalidades para o nome da Sala de Leitura

LIMA BARRETO
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 1881 e aqui morreu em 1922. Estudou engenharia, mas interrompeu o curso e foi ser funcionário da secretaria do Ministério da Guerra. Dedicou-se, desde o tempo de estudante, às letras. Escreveu nas principais revistas de sua época, como "Fon-Fon", "Careta", "O Malho", "Brás Cubas" e muitas outras. Grande parte de sua notável obra literária foi de cunho satírico e humorístico, servindo de exemplo "Os Bruzundangas" e "Triste Fim de Policarpo Quaresma". Merecem também destaques seus romances "Recordações do Escrivão Isaias Caminha", "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá" e "Clara dos Anjos".
Deixou muitos contos, além dos constantes de seu livro "Histórias e Sonhos".
Lima Barreto militou na imprensa, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial. Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos".
Fonte: www.educacao.uol.com.br/biografias

CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, interior de Minas Gerais, em 14 de março de 1914. Estudou até o segundo ano primário. Migrou para São Paulo em 1947, indo morar na extinta favela do Canindé, na zona norte. Nessa cidade, trabalha como doméstica, não se adaptando, contudo, a esse tipo de trabalho. Passa a trabalhar como catadora de papel, trabalho que realiza até sua morte, em 1977. Carolina nunca se casou e teve três filhos.
Até aqui, temos uma história que poderia ser a de qualquer outra mulher brasileira pobre: negra, semi-alfabetizada, favelada, como tantas que existem pelo Brasil afora, não fosse por um detalhe – a paixão de Carolina Maria de Jesus pela leitura e pela escrita. Carolina dividia seu tempo entre catar papel, cuidar dos filhos e escrever.
Em meados da década de 1960, o jornalista Audálio Dantas, ao visitar a favela do Canindé para escrever uma matéria sobre a expansão do local, conhece Carolina, que lhe entrega os manuscritos de seu diário. Surge então seu primeiro livro, Quarto de despejo, livro-diário em que relata a fome cotidiana, a miséria, os abusos e preconceitos sofridos por ela, seus filhos e outros moradores da favela.
Quarto de despejo foi lançado pela Livraria Francisco Alves em agosto de 1960 e editado oito vezes no mesmo ano; mais de 70 mil exemplares foram vendidos na época. Para se ter uma idéia do sucesso, para uma tiragem então ser considerada bem-sucedida, era preciso alcançar a margem de, aproximadamente, quatro mil exemplares. Nos cinco anos seguintes, Quarto de despejo foi traduzido para 14 idiomas e alcançou mais de 40 países, como Dinamarca, Holanda, Argentina, França, Alemanha, Suécia, Itália, Tchecoslováquia, Romênia, Inglaterra, Estados Unidos, Rússia, Japão, Polônia, Hungria e Cuba.
Fonte:www.acevos.ims.uol.com.br

SOLANO TRINDADE
Solano Trindade nasceu no Recife a 24 de julho de 1908. Lá criou em 1932 a Frente Negra Pernambucana, mas o movimento não vingou.
Poeta, cineasta, pintor, homem de teatro e um dos maiores animadores culturais brasileiros do seu tempo, o pernambucano Francisco Solano Trindade foi, para vários críticos, o criador da poesia "assumidamente negra" no Brasil.
Viveu no eixo Rio-São Paulo e, ao mesmo tempo em que sua obra ganhava fama entre a crítica nacional e repercussão no exterior, nunca deixou de realizar oficinas para operários, estudantes e desempregados.
Em 1944, por conta do poema Tem Gente com Fome, foi preso e teve o livro "Poemas de uma Vida Simples" apreendido. Em 1964, um dos seus quatro filhos (Francisco) morreu numa prisão da ditadura militar. A 20/02/ 1974, Solano Trindade morreu, num hospital no Rio de Janeiro.
Depois que deixou o Recife e fixou residência no Rio de Janeiro, Solano Trindade foi o idealizador do I Congresso Afro-Brasileiro e, anos mais tarde (1945), criou, com Abadias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro.
Depois (1950), concretizou um dos seus grandes sonhos, fundando, com apoio do sociólogo Edson Carneiro, o Teatro Popular Brasileiro (TPB). Em 1955 criou o Brasiliana, grupo de dança brasileira que bateu recorde de apresentações no exterior.
Todo o trabalho de Solano Trindade (quer no teatro, dança, cinema ou literatura) tinha como características marcantes o resgate da arte popular e, sobretudo, a luta em prol da independência cultural do negro no Brasil.
Fonte: www.pe-az.com/biografias/ www.portalafro.com.br/literatura

JOEL RUFINO DOS SANTOS
Nascido no bairro Cascadura, Zona Norte do Rio de Janeiro, o historiador, professor e escritor Joel Rufino dos Santos (Rio de Janeiro) é uma das principais referências no Brasil quando se trata de cultura africana. É Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Joel Rufino é autor de diversos livros, tanto obras infantis quanto didáticos e para-didáticos. Foi preso e exilado durante a ditadura militar. Também já trabalhou como consultor nas minisséries da Rede Globo, Abolição e República, transmitidas, respectivamente, em 1988 e 1989.
Fonte:wikipédia

MILTON SANTOS

O Prof. Dr. Milton Santos (Milton de Almeida Santos ou Milton Almeida dos Santos), nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, no dia 03 de Maio de 1926. Geógrafo e livre pensador brasileiro, homem amoroso, afável, fino, discreto e combativo, dizia que a maior coragem, nos dias atuais, é pensar, coragem que sempre teve. Doutor honoris causa em vários países, ganhador do prêmio Vautrin Lud, em 1994 ( o prêmio Nobel da geografia), professor em diversos países (em função do exílio político causado pela ditadura de 1964), autor de cerca de 40 livros e membro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, entre outros.
O Prof. Milton Santos formou-se em Direito no ano de 1948, pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), foi professor em Ilhéus e Salvador, autor de livros, que surpreenderam os geógrafos brasileiros e de todo o mundo, pela originalidade e audácia: "O Povoamento da Bahia" (48), "O Futuro da Geografia" (53), "Zona do Cacau" (55) entre muitos outros. Em 1958, já voltava da Universidade de Estrasburgo, da França, com o doutorado em Geografia, trabalhou no jornal "A Tarde" e na CPE (Comissão de Planejamento Econômico-BA), precursora da Sudene, foi preso em 1964 e exilado. Passou o período entre 1964 a 1977 ensinando na França, Estados Unidos, Canadá, Peru, Venezuela, Tânzania; escrevendo e lutando por suas idéias. Foi o único brasileiro e receber um "prêmio Nobel", o Vautrin Lud, que é como um Nobel de Geografia. Outras de suas magistrais obras são: "Por Uma Outra Globalização" e "Território e Sociedade no Século XXI" (editora Record) .
Milton Santos morreu em São Paulo, no dia 24 de Junho de 2001, aos 75 anos.
Fonte:www.nossosaopaulo.com.br

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Feira da Cultura Popular – Espaço Cultural da CUFA- Cidade de Deus



Proporcionar eventos que facilitem e divulguem o acesso à cultura popular é o objetivo do nosso Espaço Cultural da CUFA - Cidade de Deus. Por isso, a Central Única das Favelas convida você e todos da comunidade a participarem da Feira da Cultura Popular, a ser realizada no dia 25 de setembro, às 14h, no local.

Com o apoio do Ministério do Turismo e do Ceasa, a Feira tem por objetivo realizar atividades voltadas para a valorização da cultura popular, abordando um pouco das diversidades culturais brasileiras através da apresentação de rodas de capoeira, músicas regionais, comidas típicas, entre outras atividades.

A entrada é gratuita e o Espaço Cultural da CUFA - Cidade de Deus fica localizado na Rua José de Arimatéia, 90 – Cidade de Deus.

Não perca !!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ATIVIDADES DO MÊS DE SETEMBRO

04/09 - Cidadania e Auto-Estima:
“Amanhecer Esmeralda”- 14h

06/09 - Atividade de Leitura:
“Cabidelim, o doce monstrinho”- Silvia Orthoff -14h

08/09 - Meu país, minha cidade, minha casa - 14h

10/09 – O que é cidadania? -14h

12/09 - Atividade de Leitura:
“Um pipi choveu aqui” - Silvia Orthoff. 14h

15/09 - Formação Cidadã: Direitos e Deveres Fundamentais. 14h

17/09 - Formação Cidadã: Direitos e Deveres das Crianças. 14h

19/09 - Atividade de Leitura:
“O rei sapo”- Irmãos Grimm-14h

22/09 – O que é democracia?

22/09 - A Cidade do Rio de Janeiro ontem e hoje.-14h

24/09 – As funções do prefeito e do vereador.-14h

26/09 - Atividade de leitura:
“Os três porquinhos”-Irmão Grimm-14h

29/09- Eleições 2008